sábado, 22 de agosto de 2009

LIBERDADE!!!


Deve existir nos homens, um profundo sentimento que corresponde à esta palavra "Liberdade", pois sobre ela se têm escritos poemas e hinos, a ela se têm levantado estátuas e monumentos, por ela se têm morrido com alegria e felicidade.

Diz-se que o homem nasceu lvre; que a liberdade de um acaba onde começa a de outrem; que onde não há liberdade, não há pátria; que a morte é preferível a falta de liberdade; que renunciar a liberdade é renunciar a própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão...

Nossos bizavós gritaram: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade."; Nossos avós cantavam: "Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil."; Nossos pais pediam: "Liberdade, Liberdade!/Abre as asas sobre nós." e nós recordamos todos os dias que "o sol da liberdade em raios fulgidos brilhou no céu da pátria..." - em certo instante.

Somos pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposição de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.

Ser livre, como dria o famoso conselheiro...

- é não ser escravo; é agir segundo à nossa cabeça e o nosso s2 ; mesmo tendo de partir esse s2 e essa cabeça para encontrar um caminho.

Enfim, ser livre é repudiar a condição de autômato e de teleguiado - é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso)...

Ser livre é ir mais além; é buscar outras dimenções, outro espaço; é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado; é não viver obrigatóriamente entre quatro paredes.

Por isso os meninos atiram pedras e soltam pipas.

A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Ás vezes, é certo, quebra alguma coisa no seu percurso).

As pipas vão até onde os meninos de outrora (muito de outrora) não acreditavam que se pudesse chegar om um fio de linha e um pouco de vento.

Acontece porém, que um menino, para empinar a pipa, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida.

E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem a liberdade, morreram queimados com o mapa da liberdade nas mãos!...

São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso de "liberdade".

Para alcança-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo, prender melhor suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato.

Mas os sonhadores vão para a frente, soltando suas pipas, morrendo em seus incêndios... assim como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas e de raios fúlgidos - linguagem de nossos antepassados, estranha linguagem humana, nesses andaimes dos construtores de Babel.

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